O Diagnóstico do Câncer de mama tem um forte impacto no psicológico e emocional de uma mulher. Nossas mamas tem todo um significado emocional, pois são os símbolos corporais da feminilidade, sexualidade e reprodução. Sem falar em nossas madeixas que tanto apreciamos e nos fazem belas. As perdas são físicas, emocionais e psicológicas. Isso tudo abala nossa autoestima e muda nossos sentimentos e pensamentos em relação a nós mesmas e aos outros. Sentimentos como raiva, medo, preocupação, desânimo, frustração são comuns e inevitáveis neste período. Cada mulher reage de uma maneira. Mas precisamos ficar atentas quando notamos que nossos sentimentos, pensamentos e comportamentos estão tomando uma dimensão em nossa vida e se tornando prejudicial.
Muitas pessoas têm dias ou mesmo semanas em que elas podem se sentir para baixo, infelizes ou mesmo deprimidas. As pessoas frequentemente falam sobre sentir tristeza. Mas diferentemente da tristeza , a depressão não vai simplesmente embora tão rápido. Ela costuma perdurar por algum tempo. Afetando a forma como você come e dorme, a forma como você se sente, a forma como você pensa sobre as coisas.
Para algumas mulheres, lidar com o câncer de mama pode levar à depressão . Esses sentimentos podem ser mais fortes no primeiro ano após o diagnóstico. Se os sintomas abaixo durarem mais do que duas semanas, são sinais de depressão e é muito importante conversar com um psicólogo.
Por isso, ao identificá-los, fale com seu médico e não tenha preconceito em buscar ajuda. É fundamental utilizar todos os recursos disponíveis e, imprescindível, estar bem emocionalmente para enfrentar o tratamento.
Então fique atenta aos sintomas da depressão:
· Humor triste constante na maioria dos dias.
· Perda de prazer nas atividades que faz para se divertir.
· Perda de interesse em trabalho ou lazer.
· Falta de concentração.
· Insônia prolongada.
· Sensação de cansaço.
· Mudança nos hábitos alimentares.
· Afastamento dos amigos e familiares.
· Sentimentos de desesperança, inutilidade ou culpa.
· Pensamentos frequentes de morte ou um desejo de morrer.
Estranho de se falar, mas muitas mulheres narram que o câncer fez com que avaliassem as próprias vidas posicionando-as em um caminho mais positivo. Bom frisar que nem toda as mulheres terão uma postura inicial de coragem e enfrentamento da doença e isso jamais pode torná-las vítimas de análises superficiais e preconceituosos por parte de pessoas que se julgam “autoridades” no assunto.
Gostaria de compartilhar com você a história de uma amiga incrível e que também pode servir como ajuda no momento que pode está passando.
Em novembro do ano de 2017, estava no consultório e recebi uma mensagem de uma grande amiga precisando falar comigo. Me perguntou se poderia me ligar, precisava me dar uma notícia que era importante. Confesso que fiquei apreensiva e rápido passou pela minha cabeça: “será que minha amiga está grávida?" A questão é que seus filhos já estão crescidos então seria uma notícia e tanto. Mas não era. A notícia era que tinha sido diagnosticada com câncer de mama. Ah, como fiquei triste e chorosa com aquilo que tinha compartilhado comigo. Foi uma surpresa! Um diagnóstico ruim é sempre uma surpresa. Mas porque lembrar dela ? Para compartilhar com você como foi sua trajetória e sua resiliência passando por tudo isso. Hoje, em outubro de 2018 ela está curada, sarada e tudo isso é motivo de muita alegria. Ela soube passar por tudo isso contando com a ajuda de seus familiares, amigos, ajuda médica e psicológica. Também deu um novo sentido para sua vida onde desenvolveu um projeto incrível: “Acredita na Energia.” Projeto que tem crescido, alcançado uma dimensão e ajudado muitas mulheres com o mesmo problema.
Fica a dica do blog da minha amiga Jeanne Sarchis, também psicóloga. http://acreditenaenergia.blogspot.com/
Precisamos lembrar, sempre, que o diagnóstico de câncer de mama não é sinônimo de morte. Se diagnosticada precocemente, a doença tem cura.
Um abraço! E cuide-se !